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Mini-hídrica
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Com o objectivo de diversificar
as diferentes fontes renováveis de energia foi realizado o
aproveitamento de um pequeno recurso hídrico para produção de energia
eléctrica e demonstração de soluções e tecnologias utilizadas na
microprodução hidroeléctrica.
Na fase de concepção e projecto foi necessário ter em conta os seguintes requisitos:
- Não interferir no leito do rio;
- Manter o contexto paisagístico;
- Ter carácter demonstrativo;
- Não ser afectada pela variação significativa do nível do rio;
- Utilização eficiente da energia produzida.
Para não interferir no leito do
rio e para manter o contexto paisagístico do Campus, a fonte renovável
de energia consiste numa levada habitualmente utilizada para rega,
proveniente do rio Fervença.
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Pretendia-se instalar a mini
central num local que permitisse uma ampla divulgação, tendo-se optado
por um local de passagem, entre a Escola Superior Agrária e a escadaria
que dá acesso à avenida Sá Carneiro. Neste local, como em toda a
extensão do rio Fervença no IPB, o nível da água varia
significativamente todos os anos, na altura das chuvas mais intensas.
Para evitar que a subida do nível do rio pudesse inundar o gerador e
outro equipamento, foram montadas duas turbinas, a montante do tubo de
carga e não a jusante, ao contrário do que é habitual.
Foi concebida e construída um mini central para instalação das turbinas e para realização de testes e visitas:
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Esta mini central permite a
deslocação à galeria da parte inferior da mini-hídrica, visualizando o
tubo de carga, a bacia de descarga e o escoamento da água, o qual
permite ajustar o nível da base de descarga de água.
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Foram construídos dois canais
que terminam na mini central (ao fundo da foto à esquerda), seguindo
para os “caracóis”, onde se localizam as turbinas. Foi construído um
terceiro canal para descarga do excesso de água. As turbinas foram
colocadas a montante do escoamento de água para evitar inundações devido
às subidas do nível do rio, que podem atingir cerca de 3 metros.
Nos meses de verão não se prevê o funcionamento da mini-hídrica.
Quando a água for suficiente, entra em funcionamento a turbina do
“caracol” da direita (ver figura da direita). Quando o caudal for
significativo, a água transborda do canal da direita para o canal ao
centro, pondo em funcionamento a segunda turbina (ver figura ao centro).
Se por algum motivo a água for excessiva, transborda para um terceiro
canal e retoma o percurso original. Deste modo, com a instalação de duas
turbinas de potência menor (1 kW) em vez de uma de potência maior, é
possível, por um lado, prolongar por mais meses a produção de energia e,
por outro, aproveitar o pico dos meses mais chuvosos.
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O aproveitamento da energia
eléctrica foi realizado em duas fases. Na primeira, a energia eléctrica
produzida foi utilizada no aquecimento de Águas Quentes Sanitárias
(AQS). Desta forma, salvo se o consumo de água quente for muito
reduzido, a energia produzida é aproveitada 24 horas por dia. Desta
forma, fez-se coincidir o período de maior produção com o período
crítico de consumo de água quente. Contudo, por exemplo ao
fim-de-semana, quando há menos consumo de água quente, se a temperatura
da água atingir o valor programado, um termóstato desliga a resistência
colocada no depósito e a energia passa a ser dissipada numa resistência,
em contacto com a água, junto da turbina.
Para evitar este desperdício de energia, e através de um sistema
pioneiro, vai proceder-se à adaptação de uma das turbinas de modo a
instalar um novo gerador para injecção da energia eléctrica produzida,
na rede eléctrica do IPB.
A plataforma de ensaios do equipamento a utilizar está já montada em laboratório.
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A mini-hídrica foi
instalada, com co-financiamento de 75%, no âmbito do protocolo assinado
com o Estado, através do Ministério de Estado e das Finanças, relativo à
“Iniciativa para o investimento e o emprego” promovida pelo Governo
Português em 2009. A candidatura do IPB a esta iniciativa foi uma das
quatro contempladas no conjunto das instituições de ensino superior. A
segunda fase foi co-financiada pelo Projecto Interreg PROBIOENER.
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