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Seguidor Solar
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A primeira iniciativa de
integração de energias renováveis no Campus do IPB foi a instalação de
uma unidade pioneira de microgeração de energia solar fotovoltaica. Sem
qualquer financiamento externo ao IPB, o sistema fotovoltaico começou
por ser instalado no solo e era composto por:
- Uma fileira de 16 módulos fotovoltaicos ligados em série, Kyocera 190GHT-2, que perfazem uma potência de pico de 3,04 kWp;
- Um inversor fotovoltaico, Sunny Boy 3000, para injecção da energia na rede eléctrica.
- Equipamento para monitorização remota (webbox) e sensores para medida da:
- velocidade do vento;
- radiação solar;
- temperatura dos módulos;
- temperatura ambiente.
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Características dos módulos:
- Tipo de células: policristalinas;
- Potência: 190 Wp;
- Tensão no ponto de potência máxima (Vmp): 26,1 V;
- Corrente no ponto de potência máxima (Imp): 7,28 A;
- Tensão de circuito aberto (Voc): 32,5 V;
- Corrente de curto-circuito (Isc): 8,08 A.
Características do inversor:
- Potência CC máx.: 2700 W;
- Tensão CC máx.: 600 V;
- Corrente CC máx.: 12 A;
- Saída: 220-240 Vac, 50 Hz;
- Potência CA máx.: 2500 W;
- Com transformador de isolamento.
Por questões de segurança, os
inversores fotovoltaicos para ligação à rede saem de serviço quando há
uma falha da rede eléctrica, para evitar o seu funcionamento em ilha
isolada. O mesmo acontece quando a tensão da rede ultrapassa
determinados valores programáveis, tipicamente 6%, 8% ou 10% da tensão
nominal (230V), dependendo das normas, ou quando a frequência ultrapassa
cerca de 1% do valor nominal (50Hz).
Posteriormente, com financiamento a 75% do projecto Interreg
PROBIOENER, o painel fotovoltaico foi instalado num seguidor solar de
dois eixos.
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A unidade fotovoltaica foi instalada num seguidor de dois
eixos da DASOLUZ (modelo DAS 4). A estrutura suporta 16 módulos
fotovoltaicos de 190 Wp cada, ligados numa fileira em série. No seguidor
é utilizado um anemómetro para medir a velocidade do vento e sempre que
esta ultrapassar os 40 km/h o painel fotovoltaico é colocado em posição
de segurança (plano horizontal).
Características do seguidor:
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Ângulo de varrimento do eixo azimutal: -130º a 130º;
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Ângulo de varrimento do eixo zenital: 0º a 60º;
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Movimento do eixo zenital: actuador linear;
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Movimento do eixo azimutal: parafuso de coroa;
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Orientação por GPS e PLC programado;
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Superfície máxima suportada: 30 m2;
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Estrutura mecânica em aço galvanizado.
A energia produzida pelo sistema fotovoltaico com o
seguidor de dois eixos tem um acréscimo de cerca de 20% em relação ao
sistema fixo inicialmente instalado no solo.
Actualmente, o painel do seguidor solar está a ser integrado,
como unidade de microprodução fotovoltaica, numa micro rede eléctrica
inteligente para sistemas autónomos até 5 kW.
Na figura seguinte é apresentada uma configuração típica da
cadeia de conversão electrónica de energia desde a fonte renovável
(fotovoltaica, neste caso) até à rede eléctrica, principalmente em
sistemas de baixa potência.
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O sistema de seguimento da
máxima radiação solar consiste numa estrutura mecânica accionada por
dois motores, no caso dos seguidores solares de dois eixos, e da
electrónica de comando, de modo a manter o painel fotovoltaico na
perpendicular ao sol, com o objectivo de seguir a máxima radiação solar.
Uma técnica utilizada no seguimento da máxima radiação solar consiste
em utilizar a informação armazenada em memória com a posição que o
painel deve ter em cada instante a partir da sua localização geográfica.
Outra técnica consiste em utilizar, para cada eixo, duas pequenas
células fotovoltaicas, com inclinação de 45º (por exemplo) em relação ao
plano do painel. Deste modo, se o painel não estiver na perpendicular
em relação ao sol então haverá uma diferença entre as correntes geradas
por cada uma das células. Esta diferença é processada electronicamente e
utilizada para mover o painel até que a mesma se anule.
Para o exemplo ilustrado na figura, o seguimento do ponto de
potência máxima consiste em controlar o conversor elevador com o
objectivo de ajustar a tensão (ou corrente) à saída do painel
fotovoltaico de modo a maximizar a potência instantânea, isto é o
produto da tensão pela corrente.
A instalação do seguidor solar integra-se no âmbito do
Projecto VERCampus – Campus Vivo de Energias Renováveis, iniciado pelo
IPB em meados de 2007, o qual visa a implementação de um “parque” vivo
de energias renováveis e Eficiência Energética.
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